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quinta-feira, 5 de agosto de 2010

As soluções e alternativas e o papel do design (pontos de discussão) / The solutions, the alternatives and the design’s role (subjects for discussion)
























(Tive imprevistos nos últimos dias, por isto estou voltando a postar só hoje. Desculpem)

Esta semana eu e meus amigos (ex-colegas de faculdade) tivemos uma discussão por email sobre atuações socioambientais e políticas que surgiu do exemplo das casas feitas de garrafa PET (fotos acima), a discussão ficou bem interessante e eu me comprometi a continuá-la aqui no blog e aproveitar para somar mais coisas a ela. Então vamos lá!

Primeira questão: Atualmente nós retiramos tudo da natureza, usamos um pouco e jogamos no lixo, isso sem falar dos objetos que já são lixo desde sua fabricação, como o copo descartável. Isto resulta na mudança da matéria de um lugar pro outro, ou seja, do meio natural para aterro sanitário (quando não em vias públicas, rios ou oceanos). Nosso mundo é um sistema finito, assim, um dia esta balança, que já esta desequilibrada, cairá (nada na natureza, tudo no lixo). Visto que, atualmente, nem 15% do lixo é reciclado, será que no futuro passaremos a explorar o lixo para resgatar matéria prima desperdiçada?

Juntando, outra questão: Tendo em vista esta possibilidade futura de “exploração do lixo”. Será que reutilizar um material hoje, que provavelmente não seria reciclado devido à precariedade do atual sistema de reciclagem, e durante o processo de reutilização contaminá-lo (como pelo uso de algumas colas, cimentos e tintas) impossibilitando sua futura reciclagem, vale à pena como medida de prevenção do acúmulo de descarte?

Mais além: juntando a conceitos que vi na tese de mestrado (muito boa por sinal, recomendo a leitura) “O Design como Agente de Transformação Social” do designer Fábio Righetto; o design um dia foi, e podia voltar a ser uma ferramenta de transformação social através da mudança da cultura material de uma sociedade. Porém hoje, usualmente, se resume a ferramenta de diferenciação estética para induzir ao consumo., que acaba por contribuir para mais uma divisão da sociedade entre “aqueles que podem comprar e aqueles que desejam ter, mas não conseguem”.
Nossa sociedade hoje é divida pela “capacidade de consumo” de cada um. Mas somo muito mais do que só consumidores não?! O que podemos fazer, enquanto designers, para combater estes maus resultantes de nossas criações?

Ainda mais: De uma mesa redonda “educação para sustentabilidade” na Livraria Cultura: “É necessária uma mudança de todo o “grande sistema”, qual o nosso papel (independente da profissão) enquanto este não for mudado?”

O que você acha? Ta na hora de mudar! Vamos construir juntos?!



(I had some troubles last week, so I’m posting only today. Sorry)

This week, me and my friends had a very interesting conversation about social and environmental actions and politics that started from the example of a project for building house with used PET bottles (images above). The discussion became very interesting so I was compromised to bring it here to add more points of view and ideas and continue it with your help. So, let’s go!

First point: Today we take everything from nature, use a little and throw everything into the garbage. One day, this will collapse: the nature will be exhausted and everything will be in the garbage. Are we going to “explore” the garbage to recovery the recyclable materials?

Second point: Reusing a recyclable material (that would probably not be recycled) infecting it (by the use of glues, cements, and things like that) and so making it impossible to recycle it in the future. Thinking about that future possibility of “trash exploration”, is this reusing process valuable as a way of reducing our waste?

Even more: Adding some concept that I have read in the Fabio Righetto’s (Brazilian Designer) Master’s thesis “Design as a social transformation agent”. Design was, and can be again, a tool for social transformation by the changing (in a determined direction) of some society’s material culture. But nowadays, it is usually seen as a tool for aesthetic manipulation to encourage consumerism that divides our society between “those who can buy and those who desire but can’t”. Our society is divided according to our “power of consuming”. But we are much more than only consumers, aren’t we?!
So, what we can do, as designers, to fight these “bad results” of our creations?

One more thing: From a debate about “education for sustainability” that happened in Livraria Cultura: “The entire “system” has to change, what is our role while it doesn’t change?”

What do you think? It’s time to change! Let’s build together?!