Um espaço para trocarmos idéias sobre pesquisas em design, sustentabilidade, sociedade, arte educação e assim por diante.

A place to exchange views about researches in the fields of design, sustainability, society, art education and so on.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Aesthetic – rise and, death? Estética – ascensão e, morte?



     I’m not addicted to Television; actually, I almost never watch it. But, these days I was sitting in front it when a weird documentary called my attention. It was about the implant of silicone parts which make the person looks strong.

     And when it concerns design? Well, let’s take a brief look through the human history before, to get a start point to the discussion:

     In ancient times, the figure of a strong body was related to gods, heroes, warriors or athletes. (For example, you can see the Greek mythology)
     And that relation between the body’s shape and the status occurred because those people, who I mentioned above, needed to be strong to accomplish their tasks. And as those who had these aesthetic (a strong body) where very important people among the society, everybody else wanted to have a body like them.

     The same happened with the female beauty: a very beautiful woman instantaneously became a celebrity, as if she was a jewel, a very valuable thing; because, to be beautiful was as difficult as winning the lottery. 


The human intervention

     With the huge will to get fame and social status, the men managed his way to manipulate aesthetic. And so the fitness center, the beauty parlour and, of course, the plastic surgery where invented. And then, sports begin to be practiced only to achieve a “beautiful” aesthetic.
     Even further, with the society’s modernization, the industrial revolution and everything else; the “men to men” wars (as occurred in the medieval era, as between tribes and so on) ended; therefore, the muscular strength wasn’t needed anymore. And so, they the anabolic steroids where created and, as the sedentary way of life continues to grow, the silicone implant was invented.

     Well, we are living in the “era of the appearances”, in which everything is image, where aesthetic is more important then everything. But, everything that rise, must go down, therefore, some time, this “aesthetic addiction” has to end, right?
     Looks like this end is not so far; because we are leading to a moment when we will be able to completely manipulate aesthetic (and we are really close), and as it continues, it gets more popular. For example, in 2009, in Brazil (the second country with more plastic surgeries in the world), where made 645.464 plastic surgeries.(from SBCP - Brazilian Plastic Surgery Association)
Hence, soon, the aesthetic manipulation will be a common action, and so, as a “beautiful” appearance will be something that everybody can get, not a rare thing anymore, it will lose its meaning.

And then, what are we going to see as valuable? Maybe the intellectual capacity? Who knows...

Design X Aesthetic

     Nowadays it’s hard to talk about design without linking it to aesthetic, right?

     Design started as a tool to create solution to our daily activities, for example, to store water at home when the men leaved far away from rivers or lakes. But then, during de 50’s decade, in the USA, when they started to encourage consumerism, they invented a job called “styling”, which consisted in changing the appearance of a product without changing its functional issues, to make the product look new and so, to sell more. And after that the mistake began, and nowadays, design and styling are seen as the same thing.

     Will this tendency to the “death” of the aesthetic valorization be able to save design from its conceptual mistake? 


--

     Não sou alguém muito ligado em televisão, muito raramente assisto. Porém, um dia desses, estava de frente a tal aparelinho quando vi uma notícia um tanto quando assustadora, que me fez pensar. Era sobre implantes de silicone para a pessoa parecer “malhada”, “sarada”, ou como preferirem.
  
     Bom, e o que isso tudo tem a ver com design? Bom, antes vamos fazer uma breve retrospectiva na história para ter uma base para comparar com design.
  
     Muito antigamente, o corpo “saradão” era inerente a um deus, um herói ou, um guerreiro um super atleta. (vide mitologia grega)
     E isso aconteceu porque um corpo musculoso é sinônimo de força e; quem ia querer um Deus magrelinho pra te proteger contra um dragão de 7 cabeças?
     Essas figuras e pessoas tinham o corpo torneado porque precisavam da força para sua tarefa. Como eram poucos os que tinham tal aparência e os que a tinham eram figuras importantíssimas da sociedade, a mesma se tornou sinal de status e todos queriam copiá-la.
  
     O mesmo aconteceu com a beleza feminina, onde uma mulher muito bonita rapidamente se torna famosa, vira uma “diva” uma “celebridade”, como se fosse algo precioso, um prêmio. Pois ser belo era como ganhar na loteria.


A mão humana

     Com a imensa vontade de perseguir a “fama” o “status” e tudo mais, o homem deu seu jeito de começar a manipular a estética. Inventaram as academias, salões de beleza e, claro, a cirurgia plástica. Agora, esportes eram praticados (como é o caso da musculação, principalmente) só com o intuito de adquirir um padrão estético (não mais para defender seu país em guerras ou jogos).

     Além disso, com a modernização da sociedade, revolução industrial e tudo mais; acabaram-se as guerras “homem-a-homem” (como na era medieval, guerras tribais e assim por diante), assim, a força muscular já quase não possuía importância.  Com isso, veio a invenção dos anabolizantes e, como o sedentarismo continua aumentando, surgiram as próteses de silicone que simulam músculos (muito mais fácil e rápido que passar horas durante anos na musculação, né?)

     Bom, vivemos hoje numa época de aparências, onde tudo é a imagem, onde a estética é mais importante do que qualquer coisa. Porém, como todo movimento é circular, uma hora este “vicio” na estética, teria que acabar, certo? Bom, parece que isto talvez não esteja tão longe.
     Porque estamos chegando num momento no qual a estética é totalmente manipulável, claro que seus meios ainda são caros e não acessíveis a todos, mas isso tende a se popularizar. Para ter uma ideia no Brasil (país em segundo lugar no hanking de cirurgias plásticas), só em 2009 foram realizadas 645.464 cirurgias. (fonte Sociedade Brasileira de cirurgia plástica)

     Bom, em breve chegaremos num ponto onde a estética se tornará algo completamente manipulável, passando então de algo raro para algo comum, que não precisará ser buscado, e só escolhido quando e como bem entendermos. Como será algo que todo mundo pode manipular do jeito que quiser, a tendência seria (seguindo o movimento circular) de entrarmos num momento de rejeição da estética, exatamente por não haver mais necessidade “a busca”, por não haver mais o sentido de “exclusividade” e “status” que ela possuía.
  
    Será que então começaremos a valorizar outros aspectos no ser humano? Como a capacidade intelectual? Seria interessante não?


O design X a estética


     É difícil falar em design e não suscitar um pensamento sobre estética certo? Acontece que o design começou como uma ferramenta para criar soluções aos problemas cotidianos, como levar o armazenamento de água, por exemplo. Mas, na década de 50, nos EUA, quando se iniciou o incentivo ao consumismo, criou-se a pratica do “styling” que consistia em re-desenhar a estética de um produto, sem mexer em seu conteúdo funcional, para que ele pareça mais novo e venda mais. A partir disso, começou a confusão entre design e styling. E hoje muitos lugares consideram o design uma forma de mera manipulação estética.

     Será que este movimento em direção à decadência da estética pode salvar o design de sua confusão conceitual?